segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O NOSSO VITÓRIA ACORDOU!

E, após, a saída de Manuel Machado, e um manancial de turbulência sobejamente conhecido, o Vitória acordou, apesar de Rui Vitória, apenas, ter três dias de trabalho à frente da equipa.

Alinhando de negro, frente ao Nacional da Madeira, na Choupana, os vimaranenses brindaram a estreia do novo técnico, com uma exibição plena dos predicados que possuem as melhores equipas: inteligência, agressividade, segurança na circulação da bola e apurado sentido de baliza.

Além disso, a estrelinha da sorte, que houvera virado as costas à equipa nos desafios frente a Porto e Beira Mar, reapareceu, com o golo madrugador de N’Diaye, logo aos três minutos. Mas, já, nesse momento se vislumbrava que a tendência principal da partida recaia no domínio dos homens de Guimarães.

E, essa tendência haveria de se tornar em corrente, tal o imenso caudal ofensivo demonstrado… as oportunidades de golo sucediam-se em catadupa, Toscano haveria de ver um golo (mal!) anulado após uma jogada que poderia figurar em qualquer compêndio futebolístico, para depois deflagrar uma bomba na barra da baliza madeirense e do lado contrário, apenas, Candeias dava algum trabalho ao último reduto vitoriano, deixando Bruno Teles em permanente sobressalto.

Porém, tal não era suficiente para questionar o domínio de um jogo de claro sentido único, sendo que o inacreditável falhanço do marroquino Faouzi, apenas, permitiria o atraso de um facto que, por essas alturas, já era insofismável: o ampliar da vantagem, que chegaria com um potente remate de Toscano, após assistente do mesmo magrebino.

E assim, se chegava ao intervalo, não sem antes Pedro Mendes lesionar-se sozinho, tendo que ser substituído pelo brasileiro Leonel Olímpio.

Na etapa complementar, o rival procurou reagir. Com as entradas de Diego Barcellos e André Recife, o Nacional tentou acercar-se com maior acuidade do último reduto dos homens d’El Rei. E, nesse declaração de intenções haveria de conseguir reduzir diferenças, graças a um golo na própria baliza de Bruno Teles, que na tentativa de evitar o cabeceamento do venezuelano Rondón, bateu Nilson.

Pensou-se, nesse momento, que psicologicamente a equipa poderia abanar… toda a instabilidade dos últimos dias poderia emergir à superfície… Porém nada foi mais falso. Cerrando fileiras, os soldados vitorianos resolveram acabar a guerra, sem desertores nem refractários no objectivo. Passados, meros, dois minutos. Edgar Silva isolava-se e batia Elisson, quase sentenciando a contenda e demonstrando que psicologicamente o Vitória já dobrou o Cabo das Tormentas e rebaptizou-o de Boa Esperança.

O quarto golo haveria de chegar pelo mesmo Edgar, que bisaria na partida, sendo a cereja no topo de um bolo extremamente delicioso e que promete ser saboreado ao longo das remanescentes vinte e sete jornadas… Espera-se que a senda prossiga na próxima jornada, frente ao Benfica…



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